Lei que proíbe uso de sacolas plásticas existe no AP, mas regra ainda não foi implementada

Aprovada recentemente no Rio de Janeiro, uma lei que proíbe o uso de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais já existe no Amapá, porém a norma não vingou entre os comerciantes do estado.

A lei foi sancionada pela Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) em 2014, desde então a rotina não mudou em supermercados e o material que demora dezenas de anos para se decompor continua sendo utilizado para embalar as compras.

Segundo o Governo do Estado, que se posicionou sobre o assunto, na previsão da norma ser implementada.

No âmbito municipal o tema também já foi debatido. Desde 2011 está em vigor uma lei que autoriza a Prefeitura dar incentivos fiscais para estabelecimentos que forneçam aos clientes sacolas reutilizáveis, de papel ou biodegradáveis.

A Prefeitura, no entanto, informou que a lei ainda não foi regulamentada, mas que pretende discutir o assunto no orçamento de 2020.

Uma padaria no bairro Buritizal, na Zona Sul de Macapá, poderia está se beneficiando da lei municipal. Além de trabalhar apenas com sacolas de papel, desde junho o estabelecimento está com uma campanha que incentiva o cliente a não usar as de plástico.

"Mensalmente a gente usava em torno de 38 mil sacolas plásticas, desde que começamos essa campanha caiu para só umas 11 sacolas por semana. No inicio hou uma certa resistência, mas os clientes já estão gostando muito. Até compartilham nas redes sociais", contou a gerente Lilian Lobo.

O microempresário Ulisses Cardoso gerencia uma fábrica que reutiliza garrafas pets na confecção de vassouras. Com o trabalho ele criou maior consciência ambiental e atualmente apoia o fim das sacolas plásticas pensando no bem da natureza.

"Para natureza seria excelente eliminar [as sacolas plásticas], porque quando a gente vê o que a gente faz com a natureza tu vai ver que a gente está fazendo coisas muito erradas para a natureza. Se eliminasse essas sacolas seria o ideal", admitiu Cardoso.

Para o professor Wollner Materko, a mudança deveria partir dos consumidores trazendo as próprias bolsas na hora das compras.

"Acho que o próprio consumidor deve trazer de casa uma bolsa. Eu sei que agora as pessoas ainda têm um receio, mas acredito que com um tempo virará um hábito. Como quando a gente vai na feira e leva a nossa bolsa, então por que não fazer isso no supermercado?", questionou o educador.

 

Fonte: G1